O trabalho apresenta uma leitura do livro de Luiz Alberto Mendes, Memórias de um Sobrevivente, publicado em 2001, no contexto das demais obras dos cárceres paulistas publicadas nos últimos anos. O livro é lido em seu momento confessional, como uma “ego-escrita” com uma encenação da violência que é “obscena”, “marginal” na mesma medida em que está no coração do próprio sistema político. Em Mendes o “segredo” da sociedade é exposto na sua “verdade nua”. O livro em questão também é um verdadeiro tratado de testemunho como apresentação da masculinidade. O trabalho contextualiza este testemunho na tradição (que remonta à Oresteia de Ésquilo) do testemunho como “voto no partido da masculinidade”.
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