A problemática da transgressão percorre o conjunto da obra do escritor Samuel Rawet, que durante toda a sua carreira questionou os sistemas religiosos, morais, estéticos e éticos que regem a nossa sociedade. Nos anos 70, no entanto, seu posicionamento se radicaliza, devido certamente à situação política brasileira e à emergência de novas correntes filosóficas nascidas nos movimentos revolucionários europeus da época. A obra raweteana escrita nesta período, e em particular sua obra teatral, é um testemunho concreto deste processo cujo objetivo é estabelecer uma nova base estética e ética para a literatura, notadamente pelo esgotamento dos elementos sobre os quais ela tradicionalmente se apoiou.
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