Sua produção, circulação e consumo, e as instigantes possibilidades que a cultura digital abre para a literatura em suas diversas formas, na medida em que implicam modifi cações signifi cativas nos seus usos, necessitam de novos aportes teórico- metodológicos. Cremos, contudo, que uma tal necessidade, diríamos crítica em toda amplitude, deve estar articulada a uma refl exão sobre os processos técnicos que agiram diretamente sobre a literatura ao longo de todos estes séculos de sua existência. Pensamos ainda que a poesia, exatamente por ter dialogado sem interrupção com tais processos, tenha muito a nos dizer a respeito do que consideramos, na esteira de Régis Debray (1995) e Lévy (1997), as três idades da inteligência, centradas na voz, na escrita e no vídeo digital.
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