Na avaliação do crítico literário Wilson Martins, Helena Kolody acrescentou a voz do imigrante à temática da poesia brasileira. Através de seus relatos, é possível perceber que o sentimento de exílio sempre a acompanhara – a sensação de estar fora de seu espaço. Este sentimento pode ser localizado, por exemplo, na cisão de referência que envolve o eu-lírico: de um lado, sua terra natal, o Paraná dos rios e araucárias; de outro, as tradições e a memória da família eslava. O objeto cultural (o poema), como operador de memória, trabalha no sentido de entrecruzar memória coletiva e história.
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