A partir de dados relativos ao abrigamento de crianças no Brasil e dos discursos que preconizam a convivência familiar e comunitária como um direito da criança, interroga-se imaginários e práticas de intervenção que têm como alvo as famílias das crianças designadas em risco. Revisitando diferentes pesquisas realizadas em instituições do sistema de proteção à infância do Brasil e da França, nos anos 1990 e 2000, observa-se que as características de suas atuações apóiam-se em concepções acerca das famílias recebidas e de suas necessidades. Em conseqüência, argumenta-se que conceber as políticas de proteção às crianças como indissociáveis do apoio às famílias de origem, exige o desenvolvimento de práticas de suporte à parentalidade culturalmente adaptadas.
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