Nosso trabalho versa o pouco que aprendemos na disciplina de História sobre a trajetória de nossos antepassados africanos e indígenas, nos enxergamos sob a ótica do colonizador e não do colonizado. Sabemos quem são os europeus – portugueses, franceses, espanhóis, mas quem são nossos índios, nossos negros? Esta é uma pergunta que chega tardia, mas com eloqüente voracidade nos cenários escolares. A academia e conseqüentemente o cerne da intelectualidade expande seus horizontes pela dita - História dos Vencidos. É no fervor das lutas por uma valorização étnica que surge a lei 11.645, tornando obrigatório o estudo dos povos africanos e indígenas no currículo escolar. Nosso estudo visa problematizar as possíveis aplicações da referida lei, refletindo sobre inúmeras questões como: o caráter de obrigatoriedade, a formação qualificada ou não dos profissionais de ensino, a representação da temática nos livros didáticos, entre tantas outras problemáticas. Assim, é a partir do trabalho de campo realizado por quatro anos entre os Guaranis do Rio de janeiro e referencias de outros autores sobre pesquisas de territórios quilombolas de estados do Brasil, que esboçamos aqui importantes apontamentos para o entendimento entre o declarado em lei e vivido na prática docente. É na tecitura dos diálogos em sala de aula que elucidamos as múltiplas concepções da representação do índio nas aulas de história e conseqüentemente no imaginário popular.
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