Antagonismo e diferença: o MST e seus outros

• Autores: Vanderlei J. Zacchi
• Localización: Agália: Publicaçom internacional da Associaçom Galega da Lingua, ISSN 1130-3557, Nº. 106, 2012, págs. 21-38
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Antagonism and difference: the MST and its others
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• Resumen
  • português

    De acordo con Ernesto Laclau (2000), toda identidade depende de um exterior que, ao mesmo tempo em que a nega, é sua condição de possibilidade. A força antagonista cumpre, portanto, dois papéis contraditórios: não permitir que a identidade a que se opõe seja plena, mas ser também parte das condições de sua existência. A partir dessa ideia, o presente trabalho procura analizar a relação do MST com seus oponentes, e também com seus parceiros, levando-se em consideração a maneira como as correlações de força definem os contextos em que os grupos atuam. Da mesma forma, avalia-se como os contextos são, por sua vez, também definidores das correlações de força, resultando que a identidade de um grupo e o seu contexto são produzidos concomitantemente. Isso implica dizer que nenhuma identidade se caracteriza por elementos essenciais natos, como se um grupo social os possuísse desde sempre, mas constrói-se no próprio processo antagonístico.

  • English

    According to Ernesto Laclau (2000), every identity depends on an external elemente which both denies that identity and is the very condition for its possibility. Therfore, the antagonist force plays two contradictory roles: preventing the identity which it opposes from being fulfilled, but also being part of the necessary conditions for that identity to exist. This paper aims to analyze the relationship between Brazil's Landless Workers Movement and ist opponents, as well as its partners, taking into accounat the way in which power relations define the context where these groups operate. At the same time, the context itself helps to define those same power relations. As a result, a gropup's identity and its context are constructed concomitantly. The conclusion is that no identity is informed by innate essential elements, as if a social group possessed them from the beginning. In fact, it is constructed in the antagonistic process itself.