Brasil
Neste trabalho, analisamos dois exemplares discursivos, um jurídico outro literário, com o objetivo de refletir sobre a relação entre os efeitos de patemização e as operações argumentativas em diferentes gêneros de discurso. Partimos da Retórica de Aristóteles (2005) e tomamos o trabalho de Rabatel (2005) sobre o dialogismo interno do discurso, e os trabalhos de Charaudeau (2000, 2008) respectivamente sobre os efeitos de patemização e a construção do logos argumentativo. Nosso corpus é formado por um poema de Tomaz Antônio Gonzaga (1744-1810) e um depoimento prestado por este autor durante o processo de repressão da Inconfidência Mineira. Segundo nossa pesquisa, o logos é constituído pelas vozes dos sujeitos enunciativos que organizam os pontos de vista e os modos de raciocínio do discurso de acordo com as emoções que eles buscam suscitar em relação ao seu interlocutor.
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