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Resumen de Oficinas de prevenção com adolescentes de baixa renda: doenças sexualmente transmissíveis síndrome da imunodeficiência adquirida / saúde reprodutiva

Rosângela de Sant'Anna Dall'Agnol

  • Este trabalho apresenta o projeto de intervenção desenvolvido através de Oficinas de Prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST's) / Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e Saúde Reprodutiva, cujo objetivo é viabilizar a formação de multiplicadores informais entre adolescentes de baixa renda bem como potencializar e qualificar a adoção de medidas preventivas.

    O grupo realizou 10 oficinas, com encontros semanais, com a duração de 01:30 min. cada. Participaram do trabalho 27 adolescentes, sendo 11 do sexo masculino e 16 do sexo feminino, com idades entre 14 e 21 anos.

    Foi priorizada a adesão dos adolescentes ao grupo, com vistas à socialização das informações transmitidas na rede social na qual os/as mesmos/as estão inseridos bem como referendada a importância das noções relativas ao corpo e à saúde e o grupo como espaço para o exercício da cidadania.

    Foram discutidas situações cotidianas que envolvem práticas sexuais mais seguras, desmistificadas situações de risco ao mesmo tempo em que foi possível propiciar um espaço de fala sobre estes temas.

    No decorrer das oficinas ficou evidente a relevância de trabalhos desta natureza visto ter-se constatado a existência de um abismo entre o conhecimento de métodos de prevenção e a utilização dos mesmos em situações reais, estejam estas relacionadas ou não a DST's, AIDS, consumo de bebidas alcoólicas ou drogas o que pode foi exemplificado na fala dos jovens: "quando chega na hora H, todo mundo esquece tudo que aprendeu, e aí não tem jeito".

    Este trabalho contribui, no sentido de constatar-se que, para se alcançar uma mudança de postura, é necessário desenvolver atividades sistemáticas, que valorizem as características do grupo, respeitando suas crenças e valores.

    Um aspecto a ser mencionado na transmissão de informações foi o desafio de fazê-lo de forma não preconceituosa, não desrespeitosa para com os valores e as crenças da população com a qual o trabalho estava sendo desenvolvido. Este procedimento possibilitou a conscientização de que realizar um trabalho de qualidade em prevenção não significa que todos/as pensem e se comportem da mesma maneira, mas sim possibilitar o conhecimento e a reflexão. Não é coerente nem correto, em nome de um trabalho preventivo, avaliar padrões de comportamento, atribuindo o valor de correto àqueles que estão sintonizados com a maneira dominante do pensar.

    Um ponto que muito pouco tem sido mencionado nas políticas preventivas relativas à população adolescente refere-se ao processo decisório e às tomadas de decisão assumidas por esta população. Como trabalhar prevenção com adolescentes que não se sentem legitimados a tomar posições frente às diversas circunstâncias em que estão envolvidos? Este aspecto é indispensável para que tenhamos não somente uma menor incidência de AIDS entre adolescentes, mas fundamentalmente, para que estejamos contribuindo com o desenvolvimento de indivíduos, que exercem suas cidadanias, lutando por seus direitos ao mesmo tempo em que cumprindo com suas obrigações.

    É preciso acreditar que trabalhamos junto a pessoas capazes de se responsabilizar por suas decisões. A relevância deste princípio baseia-se em: a) ao intervir busca-se a facilitação no que tange a ajuda que se oferece aos indivíduos para que eles próprios alcancem as suas metas e b) sabe-se que a luta contra a AIDS, a autodeterminação no evitamento de situações de risco é um alicerce importantíssimo, sem o qual talvez quase nada se conquiste.


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