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Resumen de África no imaginário social

Artemisa Monteiro

  • "A diversidade das culturas humanas está atrás de nós à nossa volta e à frente. A única exigência que podemos fazer a seu respeito é que cada cultura contribua para a generosidade das outras." Claude Lévi-Strauss Antes de tratar de pluralidade cultural como forma de desvendar o mito africano no Brasil, é importante refletir sobre a concepção da cultura. A cultura não é um simples conceito que se limita no sentido original da palavra(que significa cultivar, criar, etc.), mas sim, no cuidado do homem coma natureza , com a alma humana, com o corpo das crianças com a sua educação e formação. A cultura é os costumes, as tradições língua, a raça, a religião, enfim, os valores da diversidade humana. A identidade africana construída e defendida no Brasil pelos movimentos negros, através de um elo escravocrata é insuficientes para representar a rica diversidade da cultura africana.

    Ao abordar o tema sobre a África, é necessário que busquemos mostrar aspectos positivos de sua realidade, pois o que sempre foi mais tratado corresponde exatamente á idéia expressa nos grupos (escola, mídia, etc.), as distorções geradas no imaginário social pela hegemonia do pensamento social das elites, uma África de sofrimentos, miséria, de guerras de escravos, endêmicas de leão, onças, lobos, assim por diante, etc., etc. "No Brasil, com raras exceções, não se estuda história da África". A população, majoritariamnete descendente de africanos, é incapaz de reconhecer uma de sua matrizes formadoras da sua identidade a não ser através de estereótipos, um continente exótico, primitivo, miserável, ignorante, violento, os famosos três Ts(tarzan, tribo, e tambor), como ensina o professor José Maria Pereira, do CEAA- Centros de Estudos Afro-Asiáticos".

    Na África continental pode-se encontrar varias etnias com diferentes culturas e costumes até dentro do mesmo país se verifica pessoas da mesma nacionalidade, mas com culturas deferentes, pois falam línguas diferentes (existem varias etnias, cada uma com suas linguagens).

    A generalização da África no Brasil, pode-se esclarecer através de novos estudos sobre aquele continente, que está em constantes transformações sócio-culturais, que todos convivem em diferentes graus, compartilhando um legado heterogêneo de valores, pluralismo, comportamentos e atitudes que formam a sua diversidade cultural. A diversidade cultural do continente refere-se, portanto, a uma ampla variedade de experiências que está na base da criatividade e da singularidade de seus povos.

    A riqueza e a diversidade culturais dos africanos são exemplos de que o fenômeno da cultura não existe fora e isolada dos contextos em que se produzem as identidades, que essas são o seu substrato mais profundo, portanto a África estática e todo homogêneo que ainda permeia no imaginário social brasileiro, só existem no Brasil, e na cabeça de certos grupos sociais.

    Dessa forma, tendo em vista o fato de que a formação de identidade de um povo passa, necessariamente, pelo processo de reconhecimento de suas peculiaridades especificas, ou seja, daquelas caraterísticas que os diferenciam dos demais, a aceitação dos modos de ser dos outros opera como um elemento central do próprio processo de auto-identificaçaõ.

    Falar do imaginário africano no Brasil, é também falar da escravidão que foi submetido ao povo africano nas terras brasileiras, os homens, em grande maioria, mas também mulheres, de todas as regiões foram trazidas para Brasil, de onde hoje são Angola e as duas Repúblicas Congolezas, a Democrática e a Popular, do inicio ao fim do trafico, para todos Os grandes portos brasileiros, Recife, Salvador, São Luiz Rio de Janeiro; Golfo da Guiné e das áreas interioranas que ali convergem, para as "minas gerais", por sua experiência em mineração, mas também para Maranhão e Bahia, negros Moçambique designação dadas àqueles que eram trazidos da costa oriental africana principalmente após a pressão inglesa contra o tráfico ao norte do equador, já nas décadas iniciais do século XIX. Nas décadas de século XIX, Nina Rodrigues (1964), fazia coro com o racismo cientifico e deplorava o futuro do Brasil. ele acreditava que o Brasil tinha jeito, desde que, através da mestiçagem, se 'levasse" com a genes branca, superior, o sangue do povo brasileiro daí "febre" e a intensidade da política imigratória patrocinada pelos sucessivos governos brasileiros, até Gertulio Vargas.

    No seu livro Brasil e África - outro Horizonte (1964), José Honório Rodrigues apresenta valiosa pesquisa a respeito da campanha legislativa para impedir a entra de imigrantes não brancos, no Brasil. Segundo ele, do inicio da republica até o fim do Estado novo "continua dominante o pensamento de embranquecer o povo brasileiro e evita a entrada de grupos não europeus, os dominantes, os superiores". "O decreto -lei numero 7667, de 18.1945, dispõe no seu artigo II: atender-se-à, na admissão dos imigrantes, a necessidade de preservar e desenvolver, na composição étnica da população, as caraterísticas mais convenientes da sua ascendência européia (1964.p...). A partir da criativa obra do antropólogo Gilberto Freire, nas décadas de 30, em seu livro Casa Grande Senzala, que teve enorme impacto na reformulação do pensamento social das elites brasileiras, é de 1933- as elites brasileiras puderam escolher entre racismo explicito e uma nova concepção mais conveniente da questão racial".

    Foi às colônias portuguesas na África, e voltou com o Luso -Tropicalismo, um conceito que tentava explicar a habilidade toda especial do português para levar aos trópicos os valores da civilização ocidental. De inicio, alguns cientistas sociais perceberam a necessidade de valorizar as iniciativas dos movimentos sociais do meio negro, observando que cabia à população negra um papel importante na superação da discriminação e das desigualdades raciais. Mas adiante, reconhecendo que a perpetuação do racismo não era algo meramente residual, um resquício do passado. social. É parte da ampla e irreprimível vontade da maioria do povo brasileiro se conhecer melhor, para ser melhor e construir uma sociedade melhor.

    Portanto, interessa compreender , analiticamente, quais os traços dessa mitificação da África no Brasil presentes nos movimentos negros teresinenses, especificamente, o movimento "Coisa de Négo".

    poderíamos, então, falar do "mito da africanidade brasileira"? será que este mito não estaria estimulando a discriminação e o preconceito, ao invés de paziguar seus efeitos da discriminação, como acredita o movimento negro organizado? Quanto ao mito da africanidade nos grupos sociais, posso afirmar, que ainda permanece no pensamento social brasileiro o mito sobre a África em relação a sua cultura, história, e sua formação identitária, devido a ausência da história africana nos currículos escolares, e o descaso com que este vem sendo transmitido, levando sempre em conta o elo escravocrata. Para movimento negro organizado a cultura africana se constrói através da cosncientização do que venha a ser negro, sem despir dos seus valores étnicos, ou seja preservar as raízes da sua formação identitária através dos adressos, cabelos, roupas com cores da unidade africana (integrante do movimento negro).

    Alguns ativistas acham que a demostração cultural dos movimentos negros teresinenses não é diferente da África, como por exemplo os significados das cores nos vestuários, trancinhas, enfim os trajes, e etc... (integrante do movimento negro).

    Mas convém lembrar que na África estes cores das roupas não têm os mesmos significados com os do movimento negro, existem sim esses cores na Bandeira do país apontando para outros sentidos simbolizando e contextualizando a época dos acontecimentos.

    "A África não pode ser reduzida a uma entidade simples, fácil de entender. Nosso continente é feito de profunda diversidade e de complexas mestiçagens. Longas e irreversíveis misturas de culturas moldaram um mosaico de diferenças que são um dos mais valiosos patrimônios do nosso continente".

    No total dos estudantes entrevistados 75% acham que a África é um continente sofredor, que ao longo da sua historia foi escravizado, de AIDS, e guerras étnicas por isso que a miséria impera, o correto teria sido separar os povos por etnias. Diferentemente dos ativistas do movimento negros, que acham que tudo que hoje abala a África é conseqüência do eurocentrismo excessiva por parte das potências econômicas.

    A idéia que se tem da África , quase na maioria da sociedade brasileira, é referentes aos africanos escravos, Zumbi dos Palmares, entre outros, assim como das relações estabelecidas pelo sistema de negro preguiçoso, burro e etc. , As definições baseadas numa base exótica, "como se os africanos fossem particularmente diferentes dos outros, ou como se as suas diferenças fossem o resultado de um dado de essência".

    Segundo os ativistas do movimento negro, um dos objetivos de cultuar a cultura africana é romper com o etnocentrismo, coma imposição do único padrão cultural que ainda permeia na sociedade brasileira. "No Brasil continuamos escravos desse conceito, até porque o conceito da beleza ainda hoje é europeu, desabafa a Artenildes de grupo afoxa. Por isso a nossa luta continua através da representação cultural africana em formas de dos nossos ancestrais para mostrar as pessoas oportunidades de verem uma outra forma de cultura".

    Resumindo , nota-se a grande vontade dos movimentos sociais ditos negros na preservação da cultura matriz africana, seja com representações africanas seja com as de mistificação ou imaginária.


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