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A influência da pertença grupal no tratamento da informação social: a pertença ideológica na avaliação e processamento de informação sobre o 25 de Abril

  • Autores: Sónia Dantas
  • Localización: A questão social no novo milénio, 2004, pág. 236
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • A comunicação apresentada assenta na aceitação de que a dimensão política da identidade dos indivíduos tem um papel significativo na forma como estes analisam e interpretam o mundo social, permitindo-lhes estabelecer significações para a informação política a que têm acesso e na sua avaliação, bem como posicionarem-se a si próprios, aos grupos sociais e políticos em que estão inseridos e aos outros indivíduos e grupos sociais e políticos face a essa mesma dimensão. Concorrem, para esta aceitação, vários conceitos e modelos teóricos situados quer na área da Cognição Social, quer na área da Teoria da Identidade Social.

      A opção de recorrer a estas duas áreas teóricas resulta de que ao estudar aspectos relativos à construção dum significado para o mundo social pelos sujeitos, - mais especificamente a forma como estes processam a informação política a que têm acesso - pretendo enquadrar essa análise numa perspectiva que tem em conta a dinâmica social como condicionante, (do ponto de vista histórico-social e também contextual), da forma como os indivíduos analisam, interpretam e se posicionam face ao mundo social.

      De facto, se a existência dum esquema político mais ou menos complexo permite ao sujeito construir uma matriz interpretativa da realidade política, a sua construção é afectada pela importância que a dimensão política da identidade social tem para o sujeito, condicionando a forma como a informação política é processada.

      O objectivo geral do estudo empírico realizado é conhecer o modo como a identidade social influencia o processamento de informação social. Sendo a identidade política aquela que nos interessa procuramos construir um modelo que estabeleça relações entre essa dimensão e o processamento de informação política.

      Num primeiro momento, procuramos analisar a existência e importância dos esquemas políticos para a nossa população (estudantes universitários), nomeadamente quando dizem respeito a aspectos de memória social (os nossos participantes no estudo empírico não possuem memória pessoal do evento político que vão avaliar - 25 de Abril de 1974 - dado que nessa altura não eram nascidos). Por outro lado, procurámos ainda avaliar em que medida esses esquemas políticos têm expressão ao nível da categorização baseada em partidos políticos e de que modo se organizam as categorias direita e esquerda da dimensão política, nomeadamente através do conhecimento dos campos semânticos dessas categorias.

      Num segundo momento, procurámos relacionar aspectos da dimensão política da identidade social (operacionalizada numa variável Pertença Ideológica) com o processamento de informação política através da avaliação de informação sobre um fenómeno político com alguma expressão (25 de Abril) e reconhecimento dessa mesma informação.

      Os resultados encontrados permitem confirmar a existência de esquemas políticos, na medida em que os participantes fazem atribuições da autoria dos textos a diferentes partidos políticos de forma significativamente diferente e avaliam os textos e o 25 de Abril de forma significativamente diferente em função da sua pertença ideológica, bem como também é confirmada a hipótese de que a dimensão política de esquerda e direita está etiquetada de forma diversa ao nível da memória semântica dos participantes.

      Foram ainda encontrados efeitos significativos da Pertença Ideológica dos participantes quer na forma como estes avaliam a informação política, que no reconhecimento dessa mesma informação, bem como um efeito significativo da ordem de apresentação das tarefas.

      De um modo geral, verifica-se que os participantes de esquerda executam esta tarefa mais no sentido das hipóteses apresentadas do que os participantes de direita. Este facto por si próprio já é interessante, pois não previa diferenças significativas entre os dois grupos de participantes nas estratégias do próprio processamento da informação.


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