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Resumen de Políticas populacionais, migrações e desenvolvimento

M.R.V.B. Roesler, Eugênia A. Cesconeto

  • A Conferência do Cairo realizada em 1994, propiciou avanços nas discussões no que diz respeito às dimensões das esferas individual, familiar e social do processo reprodutivo, enfatizando o entendimento de políticas populacionais em relação aos deslocamentos (migrações), nacionais e internacionais, de indivíduos, famílias ou grupos sociais. O aumento da migração esta relacionada às dimensões demográficas, e encontra-se estreitamente ligada às estratégias de desenvolvimento, e também a expectativa de maiores oportunidades de emprego e de condições do ambiente natural.

    Assim, o presente artigo integra as atividades desenvolvidas na disciplina: Núcleo Temático: Políticas de População, Meio Ambiente e Desenvolvimento, do Curso de Serviço Social da UNIOESTE/Toledo. Objetiva discutir às relações sócio-produtivas e organizacionais das populações e em suas constantes buscas de melhores condições de vida. Tais discussões partem do entendimento dado aos fluxos migratórios (deslocamentos) na contemporaneidade, e em sua trajetória histórica em especial na região sul do Brasil. Deslocamentos esses que por sua vez envolvem as condições do habitat e de crescimento econômico, definindo a territorialidade, as identidades culturais diferenciadas, as determinações físicas e ecológicas sustentáveis aos processos de desenvolvimento.

    Destaca-se aqui, que os imigrantes entraram no Brasil primeiro como colonos estrangeiros, isto é, como indivíduos subordinados as autoridades governamentais, os imigrantes eram sinônimo de trabalhador; também tem por outro lado ideologias de superioridade étnica que visualizam o brasileiro de forma estereotipada (caboclo, indolente, preguiçoso), a definição dos estereótipos é de parte a parte. O europeu no Brasil (principalmente na região sul) tornou-se um eterno migrante e foi responsável pela constituição de um espaço característico.

    Os fluxos migratórios têm constituído um potente e privilegiado elo de ligação entre diferentes espaços, contudo, permanecem em níveis de discussões insipientes na área formativa do Serviço Social.

    E que nos leva a perguntar: Porque migram as pessoas? Que condições de vida buscam? Que respostas são encontradas ? O artigo busca assim ensaiar algumas respostas à questão e que dizem respeito à região sul do país.

    - Primeiro: quanto aos deslocamentos internos - especialmente na região sul, os mesmos acontecem devido à ocupação econômica da região. A estruturação do sistema urbano configurou-se em uma rede de centros bem distribuídos no território, porém com nítidas áreas de concentração. Nos anos 70, devido a mudanças no setor agropecuário, gerou o esvaziamento de extensas áreas rurais, direcionando os fluxos migratórios para diversos centros urbanos.

    - Segundo: existe uma diversificação da base produtiva da região sul. No Paraná as atividades do setor primário em1970 correspondiam por volta de 40% da renda, e passam a ser superadas pelo setor secundário que em 1996 está com 50%. Mesmo assim a agricultura tem um papel importante.

    - Terceira: a indústria metal mecânica tem importância principalmente nos anos 90, centrada na região metropolitana de Curitiba. Em Santa Catarina a década de 70 estruturou sua conformação atual. Nos anos 80, o setor industrial é diversificado e a mesorregião norte catarinense é o principal pólo industrial do Estado. A mesorregião do Vale do Itajaí, vem em seguida, pois reúne os maiores centros produtores do complexo têxtil e de confecção. Em terceiro lugar vem a mesorregião do oeste catarinense onde atuam os grupos da agroindústria.

    - Quarto: no Paraná, de modo mais específico, existem áreas de aglomeração, pela concentração de investimentos econômicos.

    Aponta-se assim, que o crescimento diferenciado regionalmente, desequilibrado e injusto socialmente, é influenciado em grande parte pela localização de oportunidades econômicas, o que leva as aglomerações nos centros urbanos sem que sejam asseguradas as condições necessárias de qualidade de vida das populações assentadas ou não.


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