Este artigo objetiva analisar as inserções em redes egocentradas de indivíduos de uma comunidade de baixa renda na cidade do Recife. A partir de algumas considerações iniciais sobre redes egocentradas, ensaiamos uma análise de redes construídas em uma comunidade de baixa renda. Os dados de que dispomos para análise foram extraídos de uma pesquisa empírica em uma comunidade de baixa renda na cidade do Recife. O nosso objetivo é verificar o quão de particular existe nessas populações de baixa renda, e o que se pode extrair de regularidades em redes egocentradas, e também observar, a partir de índices de capital social construídos, que posições diferenciadas na estrutura social podem existir quando se introduz a variável "rede social". Interessa-nos particularmente discutir as hipóteses de FLAP sobre relações sociais como recursos ou como capital. Os índices construídos nos remeterão a três grandes blocos de questões: (a) o número de relações onde se inscrevem capacidades potenciais para ajudas; (b) a extensão das redes de ajuda, função da intensidade das relações; e (c) os recursos que podem ser alocados a partir dessas relações.
As bases empíricas desse artigo dizem respeito a informações extraídas de redes egocentradas da comunidade de Chão de Estrelas, Recife. Foram aplicados 295 questionários, a partir de amostra aleatória simples em um universo de 1.131 domicílios (sendo escolhida uma pessoa adulta por domicílio).
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