Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Geoestratégia dos espaços económicos: poder local, poder global e gestão do território

  • Autores: M.M.F. Vieira, Eurípedes Falcão Vieira
  • Localización: A questão social no novo milénio, 2004, pág. 131
  • Idioma: portugués
  • Enlaces
  • Resumen
    • Neste trabalho estuda-se e analisa-se o cenário econômico, geoestratégico e as formas de organização, redefinição e gestão do território, considerando, no âmbito do processo de globalização, a formação de novos espaços econômicos. A economia global criou espaços globais que representam fragmentos espaciais territorializados. A territorialização dos espaços produtivos mundiais caracteriza lugares-globais que representam desterritorialização de espaços nacionais. Sobre essas áreas de interesse das grandes corporações multinacionais se manifestam formas de influência sobre a gestão do território. A transformação de lugares-locais em lugares-globais ocorre com a apropriação de espaços produtivos e de circulação produtiva, estabelecendo novas relações de poder. Pode-se, portanto, admitir que os novos cenários dos lugares-globais estabeleçam conexões lógicas entre a ação de produção e a manifestação de poder. Em conseqüência, a ação e o poder se materializam sobre um objeto físico que é o lugar-global, transformando-o em um objeto geográfico onde se circunscrevem as práticas econômicas e se produzem manifestações de poder.

      O poder econômico é multipolar na ação, mas hegemônico nos centros de grande suporte político e militar. A geoestratégia dos espaços econômicos globais é uma configuração espaço-temporal de uma tríade regional que se fortalece rapidamente. Com efeito, a ALCA, a EU e a ASEAN, com parlamentos próprios, moeda comum e estratégias globais dominarão os meios de produção, de circulação e consumo nos próximos anos. Serão, também, e naturalmente, as sedes do poder global irradiado pelas multipolaridades locais e regionais.

      O espaço econômico, em nível mundial, passou por profundas reformulações a partir, principalmente, dos anos 80 do século XX. O paradigma espaço-tempo ganhou novos atributos e configuração com os avanços da microeletrônica, da multipolaridade produtiva e de uma verdadeira revolução nos métodos de gestão. A espacialidade logística passou a ser decisiva na definição e redefinição de novas áreas de produção. Os lugares-globais são estabelecidos em função de macrorregiões, em áreas regionais de grande potencial de consumo. Os acordos multilaterais asseguram os benefícios e vantagens comparativas entre países e grupos de países. Uma nova dimensão espaço-tempo territorial ganha preponderância sobre os antigos formatos da produção mundial.

      O advento da era informacional - conhecimento e informação - reorientou o próprio processo evolutivo da sociedade, dominante até os anos 70 do século XX. O espaço-tempo cibernético, introduzido pelos avanços da tecnologia microeletrônica, mudou os padrões de produção, organizacionais e de gestão. O conhecimento e a informação assumiram o comando da vida econômica e a partir dela condicionaram, de certa forma, os costumes, procedimentos e tendências. Os signos, valores e significados da modernidade industrial foram substituídos pelas novas imagens da era que se descortinava, a era pós-industrial. Configuram-se os novos modelos de gestão, principalmente, o de associação entre o público e o privado.

      A questão do poder e a gestão do território só serão entendidas sob as luzes da nova realidade. Os estados nacionais perderam poder com a economia global e vêm sofrendo vários arranhões em suas soberanias. Os grandes blocos econômicos e os inúmeros organismos internacionais que controlam o setor financeiro e o comércio mundial formam como que uma governança global à qual os estados nacionais da orla capitalista são obrigados a se submeterem no contexto de uma histórica dependência.

      A globalização é um fenômeno político, econômico e cultural da presente atualidade. Não será detida, ao contrário, crescerá em dimensão nos próximos anos. O grande dilema é como encontrar e praticar formas de relações mais harmônicas, simétricas e justas entre todos os membros da comunidade internacional.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus

Opciones de compartir

Opciones de entorno