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As mulheres e a economia solidária no Brasil

  • Autores: Françoise Dominique Valéry
  • Localización: A questão social no novo milénio, 2004, pág. 110
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • Buscando caminhos para a geração de renda e de oportunidades de trabalho, as mulheres brasileiras, tais como a maioria das mulheres pobres da América Latina, ainda enfrentam um sem número de dificuldades e discriminações ao entrar no mercado de trabalho em condições geralmente desiguais em relação aos homens. A essa desigualdade de sexo, somam-se outras relacionadas às condições socio-economicas, à idade e aos preconceitos de raça e cor. Esses quatro elementos (classe, cor, geração e gênero) fazem parte de um arcabouço que se constituiu nos anos 80 e 90 para analisar de modo crítico o papel das mulheres brasileiras no mundo do trabalho. Serviu igualmente de suporte teórico para analisar e avaliar as políticas sociais no Brasil, montadas pelo chamado "Estado de Bem estar social" embora de modo imperfeito e inacabado, desmontadas na onda neoliberal da globalização dos anos 90. Fundamentou também o estudo das práticas sociais no cotidiano, no chão da fábrica, na rua, na casa, ajudando a desvendar as mil faces da questão social no Brasil. Ora, é justamente no cerne da condição feminina, da pobreza, da discriminação social, sexual e racial que as ciências sociais demonstraram seu potencial explicativo e seu limite. Trabalhar com a dimensão de gênero representa portanto, ainda hoje, uma questão epistemológica delicada na medida em que a incorporação da perspectiva de gênero na prática das políticas sociais e econômicas está se fazendo de modo lento. Apesar da pressão dos organismos internacionais no tocante à compreensão das relações entre gênero e desenvolvimento, de um lado, e dos movimentos de mulheres no que diz respeito à incorporação das demandas específicas das mulheres no quadro das políticas públicas, do outro, a maioria dos técnicos, profissionais e políticos que atuam no processo de gestão do desenvolvimento local ainda não enxergam essa dimensão e não a incorporam. No quadro do presente trabalho, pretende-se apresentar e discutir a inserção das mulheres na chamada economia solidária, refletindo sobre e experiência acumulada pela Rede Nacional de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares- ITCPs neste campo. Essa rede integra docentes e discentes oriundos de instituições universitárias brasileiras, na sua maioria Universidades Federais, onde se desenvolvem modalidades de pesquisa-intervenção junto à grupos produtivos e se articulam ações de formação e capacitação em gestão social, empreendedorismo, desenvolvimento humano e sustentável e cidadania. Nesta rede, um diferencial importante é o papel das mulheres tanto do lado acadêmico (direção e gestão dos projetos de incubação, contribuição na elaboração de uma metodologia de incubagem própria ao contexto socio-economico e cultural brasileiro) como na base organizacional e nos projetos desenvolvidos pelos grupos. Como resultados, o trabalho pretende apresentar dados quantitativos sobre o perfil dos grupos incubados, fornecer informações acerca da metodologia de abordagem e refletir sobre a contribuição das mulheres na economia solidária no Brasil, à luz da perspectiva de gênero.


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