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Reconfiguração da concepção de velhice em Portugal

  • Autores: Maria Ester Vaz, Luísa Ferreira da Silva, Fátima Alvés, Cristina Vieira, Fátima Sousa, Tânia Silva, Aleksandra Berg, Maria José Guerra, Clementina Braga, Rudolph van den Hoven
  • Localización: A questão social no novo milénio, 2004, pág. 106
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • Nesta comunicação analisa-se a evolução do conceito de velhice tendo por base as categorias de idade e classe social associadas à definição e posicionamento das políticas sociais face à velhice.

      A noção de idade é produto da prática administrativa (Lenoir, 1998: 65). Mas a idade não é um dado natural mesmo quando serve de instrumento para medir a evolução biológica; ela é uma noção social de comparação com os diversos membros (Halbwachs, 1935).

      A visão do mundo social integra uma repartição de tarefas entre os grupos sociais e as suas categorias de percepção que mantém ou transforma a posição de cada um no espaço social (Bourdieu, 1984, pp. 3-12).

      Os critérios de idade e de classe social produtiva associaram-se ao aparecimento de instituições e profissionais especializados com uma afirmação dos interesses da classe dominante. A classificação de pessoas "idosas" evidenciou-se por discursos e apelações bem elaboradas por conselheiros, peritos, serviços especializados e estruturas comerciais. O conjunto destes procedimentos induziu a uma ordenação social que os aparelhos ideológicos de Estado impuseram aos cidadãos por uma interiorização de valores que Saül Karsz (1988) designa por "olhar exterior".

      Em Portugal, as políticas sociais têm favorecido a criação de equipamentos sociais como suportes de lazer, complemento alimentar e prestação de serviços. A cidadania das pessoas idosas é reduzida ao acesso a um maior número de bens e serviços. Esta perspectiva de produção de bens de uso revela que os problemas se podem resolver pela acumulação material de comportamentos individuais de consumo.

      Os dados empíricos recentes mostram que só as pessoas com mais de 60 anos se preocupam e encaram a idade de velhice com apreensão relacionada a um estado de dependência por ausência de saúde. As dimensões económica e afectiva são eleitas como essenciais para o seu bem estar.


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