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Maternidade na adolescência: forma de inclusão e/ou exclusão social

  • Autores: Filomena Gerardo
  • Localización: A questão social no novo milénio, 2004, pág. 105
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • Esta pesquisa enquadra-se no âmbito da tese de Doutoramento em Sociologia, sobre a "Construção identitária das mães adolescentes" investigação comparativa entre a situação das mães adolescentes em Portugal e das mães adolescentes no contexto francês .

      A maternidade na adolescência pode ser encarada como uma forma de inclusão social quando a jovem se encontra numa situação de exclusão escolar e/ou profissional. A maternidade vem permitir à jovem mãe adquirir o estatuto socialmente valorizante: o de mãe. Com o estatuto de mãe, a jovem podem ainda acumular as regalias sociais que acompanham a maternidade tais como: a aquisição do abono de família, à do rendimento mínimo, entre outras.

      Para as instituições de acolhimento de mães adolescentes a sua função primeira é a da integração social da jovem. Por isso, observamos que as jovens mães em contextos institucionais têm a possibilidade de frequentarem uma formação profissional, o que dá uma maior probabilidade a estas mães adolescentes de integrarem o mundo do trabalho, dado que adquiriram uma formação escolar e profissional.

      É interessante observar que, se numa primeira fase a maternidade permite a inclusão social através da aquisição de um novo estatuto social e dos benefícios ligados à maternidade. Numa segunda fase, verifica-se que consoante a situação familiar e a situação perante o trabalho das mães adolescentes, estes podem ser factores de exclusão social.

      Em termos da situação familiar da " mãe adolescente " pode estar associada à noção de "mãe solteira". E segundo as normas socialmente estabelecidas a maternidade "deveria" surgir no seio de um casal. Por conseguinte, a exclusão social passa também pela monoparentalidade, este é outro factor exclusão social. A monoparentalidade só por si só representa para estas jovens uma forma de exclusão social, dado que a aquisição do estatuto de "mãe" é valorizante em termos sociais quando este é vivido no seio conjugal. A maternidade para as adolescentes quando esta é desejada tem por objectivo a constituição da sua própria família.

      A situação perante o trabalho é outra das formas mais visíveis da exclusão social da jovem mãe. Ao analisarmos a situação de " mãe adolescente " existe uma forma de contradição em termos cronológicos, porque ser mãe é um dos atributos da idade adulta e elas são adolescentes/jovens. Deste modo, o que segundo as jovens assunta os empregadores é de saber se elas vão serem capazes de acumular duas responsabilidades: a do trabalho e a de cuidar de uma criança. A mãe adolescente acumula vários elementos que do ponto de vista do mundo laboral podem ser problemáticos é o de ser jovem ao qual se associa a noção de imaturidade e ao mesmo tempo a de ter um filho. E quando a jovem se encontra numa situação de monoparentalidade outro factor adicional de exclusão para o empregador, mas também para a jovem que não tem meios para mandar guardar o seu filho. Torna-se problemático para a jovem mãe conciliar a dimensão laboral, e o exercício da parentalidade.

      Quando a mãe adolescente se encontra na situação de "mãe só" o estatuto de mãe torna-se estigmatizante para ela e desencadeia situações de grandes dificuldades económicas ou até mesmo de pobreza.

      No caso específico desta investigação constatamos que a "mãe adolescente" passa por constantes alternâncias entre a situação de inclusão social dada pela maternidade e ao mesmo tempo de exclusão social.


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