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Resumen de Questões paradigmáticas da educação do campo no Brasil: experiências emancipatórias em construção

Sonia Meire Azevedo de Jesus

  • A realidade agrária brasileira traz uma série de questionamentos sobre as relações econômicas, políticas e culturais no modo de organização da sociedade capitalista que exclui inúmeros trabalhadores e trabalhadoras dos direitos sociais básicos. Somente uma análise multidimensional das relações que compõem o campo brasileiro poderá ampliar as nossas interpretações sobre possíveis alternativas de garantia dos direitos e da justiça social no campo. Um dos elementos que será tomado como referência para pensar sobre essas possibilidades é a Educação do Campo, porque ela comporta essa multidimensionalidade e, se esta não muda sozinha a realidade, é um meio estratégico para a construção de um novo modelo de racionalidade do campo brasileiro com base em princípios como a solidariedade e a participação dos movimentos sociais e sindicais de trabalhadores rurais como sujeitos portadores/produtores de cultura do campo que comporta as diferentes formas de viver e organizar o tempo e o espaço do campo e da floresta.

    A abordagem da Educação do Campo neste trabalho é organizada como uma construção paradigmática emancipatória em contraposição aos paradigmas educacionais integracionistas de base neoliberal que tem como objetivo integrar os sujeitos a um modelo de desenvolvimento econômico pautado pelo mercado. Este mesmo modelo tem sido proposto para os demais países da América Latina e da África. Discutir criticamente este modelo e as diferentes formas de construção de uma Educação como uma política pública que contribui para diminui a distorção da inclusão entre gerações, etnias e cor, é uma dos objetivos desta comunicação. Ao mesmo, tempo, esta crítica comportará uma análise teórica sobre o confronto de situações paradigmáticas hegemônicas e contra hegemônicas em desenvolvimento e, como estas experiências sinalizam uma outra possibilidade de reconstrução do presente e do futuro de diferentes populações rurais que vivem no campo e na floresta. Esta crítica está sendo desenvolvida por meio de um recorte metodológico que prioriza três aspectos: a relação entre campo e cidade, a relação entre sujeito e objeto do conhecimento e a relação entre conhecimentos e saberes da tradição e o conhecimento científico. Todos esses elementos comportam uma reflexão cuidadosa porque eles têm uma relação direta com as questões fundiárias; de gênero, geração e etnia, os problemas da violência no campo, concepção de desenvolvimento sustentável com base na sociobiodiversidade e a construção de cadeias produtivas do campo e da floresta, entre outros.

    Espera-se que o resultado final das análises possa dar condições para captar as inovações educacionais que possam vir subsidiar políticas públicas de educação entendidas como meio para a reconstrução da identidade dos sujeitos e a reorganização do próprio espaço em que vivem; o desenvolvimento de propostas curriculares em Educação do Campo de acordo com as potencialidades de cada povo e com a realidade cultural e socioambiental; Avaliar o alcance das metas e dos projetos, bem como as conseqüências das orientações oriundas dos países centrais e financiadas pelo Banco Mundial; analisar a elaboração e a implementação de projetos de Educação para os trabalhadores do Campo em âmbito nacional e internacional com a participação dos movimentos sociais e sindicais de trabalhadores rurais e, ampliar a rede de pesquisadores em Educação do Campo com a participação de movimentos sociais e sindicais de trabalhadores rurais, ong's, pastorais e demais instituições públicas.


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