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Identidades ideológicas e partidárias: Portugal, Espanha e Grécia em perspectiva

  • Autores: André Freire
  • Localización: A questão social no novo milénio, 2004, pág. 29
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • Quer a formação das identidades ideológicas, quer a formação das identidades partidárias são processos que se vão desenvolvendo ao longo dos percursos de socialização (primária e secundária) dos indivíduos. Além disso, transmitem-se entre gerações e estão estreitamente relacionadas com a idade, isto é, crescem e consolidam-se com o avanço desta e a aprendizagem política associada. Adicionalmente, a formação de qualquer daquelas duas identidades, típicas das democracias modernas, carece de um ambiente de diferenciação partidária e ideológica efectivas, associados à existência de livre competição política.

      Tendo em conta este enquadramento, este artigo compara de forma sistemática a evolução das identidades ideológicas (autoposicionamento na escala esquerda-direita) e partidárias (identificação com os partidos políticos) dos eleitores nas jovens democracias do Sul da Europa (Portugal, Espanha e Grécia) com outros oito regime democráticos do velho Continente (França, Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Holanda, Dinamarca, Bélgica e Irlanda), entre a década de 1970 e 2002.

      Tendo em conta que a instauração da democracia ocorreu na "nova Europa do Sul" - Portugal, Espanha e Grécia - apenas após 1974, é expectável encontrar nestes países um menor reconhecimento e utilização das etiquetas ideológicas - esquerda e direita -, bem como menores níveis de identificação dos eleitores com os partidos políticos, face às democracias Europeias mais antigas. No caso grego, tendo em conta o menor interregno ditatorial (1967-1974) e uma certa continuidade nos objectos políticos (partidos, líderes e tendências políticas) antes e depois do regime dos coronéis, é de esperar que as diferenças face à "velha Europa" existam também, mas sejam em menor grau.

      A análise da evolução das identidades ideológicas dos eleitores Europeus durante as últimas três décadas permitirá submeter também a prova empírica a hipótese sobre o "fim das ideologias", ou pelo menos do seu declínio. Todavia, em termos evolutivos espera-se que, a verificar-se, a erosão das identidades ideológicas e partidárias, tal como prevêem as teorias do "fim das ideologias" e sobre o "desalinhamento partidário", não atinja ainda a "nova Europa do Sul". Aliás, a expectativa é de que as diferenças entre jovens e velhas democracias (quanto aos níveis de identificação ideológica e partidária) se esbatam no período em análise, fruto de um incremento de tais identidades nos novos regimes.


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