Partindo do pressuposto de que: (1) a lógica actual de valorização dos recursos humanos é completamente diferente por estes se terem tornado o recurso relevante para as organizações conseguirem lidar com a concorrência., (2) que esta lógica implica uma alteração nos Sistemas Remuneratórios que passam a basear-se na partilha do valor criado, e numa lógica de mérito e de discriminação positiva, pretende-se questionar as práticas remuneratórias nas empresas portuguesas, através da verificação empírica da importância relativa da componente variável das remunerações na remuneração total.
Para a prossecução do objectivo definido recorreu-se aos dados das estatísticas oficiais, nomeadamente o Inquérito aos Ganhos e Estatísticas sobre a Estrutura dos Ganhos da responsabilidade do GEP do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, e ainda na exploração da informação publicada no Boletim de Trabalho e Emprego, durante o ano de 2007, relativo aos Acordos de Empresa no capítulo relativo à remuneração. Relativamente às práticas remuneratórias das empresas portuguesas, a principal conclusão é a de que as empresas privilegiam a remuneração base, relativamente às outras componentes da remuneração. Outra conclusão possível é a de que as estatísticas oficiais sobre os ganhos dos trabalhadores por conta de outrém estão desajustadas da realidade empresarial, tal como as convenções colectivas, por não traduzirem as novas práticas remuneratórias das empresas portuguesas, uma vez que os conceitos e a forma de inquirição não permitem relacionar a remuneração com o desempenho.
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