Gardens in the Dunes: indigenismo, natureza e poder em perspetiva ecocrítica

• Autores: Isabel Maria Fernandes Alves
• Localización: Revista crítica de ciencias sociais, ISSN-e 2182-7435, ISSN 0254-1106, Nº. 100, 2013 (Ejemplar dedicado a: Crise ecológica e novos desafios para a democracia), págs. 213-234
• Idioma: portugués
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  • português

    No presente artigo pretende-se fazer a leitura do romance de Leslie Marmon Silko a partir do quadro teórico da ecocrítica, uma corrente crítica literária que, perante a crise ambiental contemporânea, procura modelos de pensamento e de prática que acentuem as estreitas relações entre o ser humano e o mundo natural. Neste sentido, dar-se-á relevo à cosmovisão ameríndia, cujos principais pilares culturais se baseiam na coabitação ambientalmente justa e num equilíbrio distributivo � entre grupos sociais e étnicos, e entre regiões. Neste romance Silko convida o leitor a aproximar-se de gente marginalizada, sem recursos, vivendo em áreas ambiental e socialmente problemáticas, pretendendo, assim, denunciar a opressão dos povos indígenas e o excessivo consumo de bens que caracteriza o nosso tempo. Em alternativa, a autora oferece vivências e símbolos que celebram a inclusão, a diversidade e a pluralidade do mundo.

  • English

    This article discusses Leslie Marmon Silko�s novel Gardens in the Dunes based on the theoretical framework of ecocriticism, a current of literary criticism that, in face of the world environmental crisis today, seeks for models of thought and practice that emphasize the close relationship between humans and the natural world. Thus, the article foregrounds the Amerindian worldview, whose main pillars are based on the environmentally just cohabitation and the distributive balance of social and ethnic groups and regions.

    In this novel, Silko invites readers to approach marginalized, destitute people, living in environmentally and socially problematic areas, intending thereby to denounce the oppression of indigenous peoples and the excessive consumption of goods that characterizes our time. Alternatively, the author presents experiences and symbols that celebrate inclusion, diversity and plurality.

  • français

    Dans le présent article, nous tentons de faire la lecture du roman de Leslie Marmon Silko à partir du cadre théorique de l�écocritique, un courant critique littéraire qui, face à la crise environnementale contemporaine, recherche des modèles de pensée et de pratique qui mettent en relief les étroites relations existant entre l�être humain et le monde naturel. Dans ce sens, nous donnerons une attention toute particulière à la cosmovision amérindienne, dont les principaux piliers culturels reposent sur la cohabitation environnementale juste et sur un équilibre distributif � entre groupes sociaux et ethniques et entre régions.

    Dans ce roman, Silko invite le lecteur à se rapprocher de gens marginalisés, sans ressources, vivant dans des zones environnementalement et socialement problématiques, en tentant, de la sorte, de dénoncer l�oppression des peuples indigènes et la consommation excessive de biens qui caractérise notre époque. En alternative, l�auteur propose des vécus et des symboles qui célèbrent l�inclusion, la diversité et la pluralité du monde.