Neste artigo analisamos as relações estabelecidas entre o tipo de corpo ideal e os investimentos efectuados pelas adolescentes, nomeadamente as dietas e o exercício físico.
Numa sociedade de consumo, as convicções e convenções são substituídas pela flexibilidade e pela mobilidade, permitindo deste modo, e através do próprio consumo, transformar as representações da "boa vida" em realidade. Por isso, a construção do "eu" traduz-se na posse de bens desejados e na prossecução de estilos de vida que envolvem uma dada construção corporal. Funde-se a preocupação interna com a saúde e a preocupação externa com a aparência, o movimento e o controlo do corpo. Dois factores são fundamentais na sociedade de consumo: a dieta e o exercício físico. Estas formas de investimento corporal são usadas para preservar a vida, aumentando os seus prazeres, que passam por consumir, gastar e saciar o desejo: o corpo na cultura de consumo é então um veículo de prazer.
Mostramos como, com base na comparação social, as adolescentes desenvolvem estratégias socialmente aprovadas para alcançar o tipo de corpo que lhes permite uma nova forma de "ascensão" social.
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