Sexualidade e sentimento amoroso são aspectos que estão hoje em dia muito presentes na vida dos indivíduos, fazendo parte do modo como vivem a sua juventude e de como fazem a sua entrada na vida adulta. Actualmente, é comum para um jovem entrar na vida conjugal como uma bagagem significativa de experiências sexuais. No entanto, e apesar de todo um novo campo de possibilidades que se abre, especialmente, para as mulheres, continuam a existir diferenças nos percursos sexuais dos jovens, nas suas práticas e nos significados que as envolvem. Partindo do pressuposto que estas diferenças nos percursos sexuais existem, e que estarão relacionadas com diversos factores, entre os quais a posição social dos jovens, o objectivo principal da presente comunicação é o de perceber qual a importância da iniciação sexual para os jovens e de contribuir para explicar de que modo esta se torna (ou não) significativa na construção da identidade dos mesmos. Para tal iremos analisar o resultado de entrevistas realizadas a mães adolescentes e a jovens adultos, da região de Leiria e Ourém. Consideramos que a iniciação sexual é vivida pelos jovens como assimétrica. Rapazes e raparigas não a experimentam da mesma maneira, têm diferentes espaços de manobra e diferentes pressões morais que recaem sobre eles. Contudo, questionamo-nos até que ponto as diferenças intra-género não serão tão ou mais significativas do que as diferenças inter-géneros, na iniciação sexual dos jovens.
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