O presente artigo baseia-se nos resultados alcançados num trabalho de investigação desenvolvido no Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia da Universidade de Minho, no âmbito da dissertação de Mestrado em Sociologia � Área de Especialização em Saúde, subordinado ao tema: "Sinto Logo Existo!..." Estudo Sociológico sobre Sexualidade na Terceira Idade. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo simples, através do qual se pretendeu compreender sociologicamente a resposta à pergunta: de que forma os homens e as mulheres com idade igual ou superior a 65 anos vivenciam a sua sexualidade? Do ponto de vista metodológico, o estudo desenvolveu-se a partir de uma amostra por conveniência, que abrangeu 45 indivíduos de ambos os sexos, utentes de dois Lares do Concelho de Pombal, com idades compreendidas entre os 65 e os 94 anos, cuja orientação sexual, explicita, é heterossexual. Como instrumento de medida e recolha de informação, foi utilizada a entrevista semi� estruturada, sujeita posteriormente a uma análise categorial. A metodologia seguida permitiu-nos concretizar os objectivos traçados e validar a hipótese de investigação de que, contrariamente a certas ideias preconcebidas nas sociedades modernas, o processo de envelhecimento natural dos indivíduos não impede o desenvolvimento de uma vida sexual activa na velhice. Concluiu-se que a maioria dos sujeitos da amostra manteve a actividade sexual após os 65 anos, com relevância para o género masculino. Destes, cerca de um quarto (n=8; 4 homens e 4 mulheres) mantém a actividade sexual. É no grupo etário entre os 70 e os 79 anos que a generalidade dos sujeitos cessa as relações sexuais.
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