O processo identitário, na contemporaneidade, assume uma índole fundamentalmente diferente da identidade moderna. A identidade pluraliza-se ao mesmo tempo que se constrói de acordo com práticas simbólicas alargadas. Ela caracteriza-se, não tanto pela descoberta de si, como pela produção e invenção de si.
Esta comunicação propõe-se examinar a identidade contemporânea segundo a figura do sacrifício.
Examinando as afinidades entre ambos os conceitos e singularizando as modalidades sacrificiais da identidade, sugere-se que a identidade e o sacrifício partilham a mesma lógica estrutural de perpetuação da relação social.
A identidade deve ser compreendida não tanto como projecto individualista e privado mas um projecto reflexivo de cariz público que faz da dimensão pessoal e da dimensão colectiva fronteiras permissivas da sua definição no indivíduo hodierno.
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