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Resumen de "The greatest crime in the world's history": uma análise arqueológica do discurso sobre tráfico de mulheres

Lorenzo Bordonaro, Filipa Alvim

  • Com a expressão white slave traffic , tráfico de escravas brancas designava-se no final do século XIX e o início do XX, a prostituição coerciva e o tráfico com este fim de meninas e mulheres. A preocupação para com este fenómeno teve origem na Grã-bretanha, mas espalhou-se rapidamente por toda a Europa e os Estados Unidos. Hoje em dia, a maioria dos historiadores concorda com a ideia de que a preocupação para com o white slave traffic ia muito para além de qualquer tráfico de mulheres que possa realmente ter ocorrido. Apesar disso, o "tráfico de escravas brancas" é a origem da forma como entendemos hoje o tráfico de seres humanos, e da legislação contemporânea relacionada com o tráfico de mulheres. Alguns autores até chegaram a falar, em relação à preocupação contemporânea para o tráfico de mulheres para fins de exploração sexual, de uma re-emergência do pânico da white slavery, apontando para uma interessante coincidência entre os dois fenómenos relativamente às retóricas utilizadas nas campanhas bem como nas medidas políticas adoptadas. Numa altura em que em Portugal, na sequência do grande interesse e preocupação que o fenómeno de tráfico de pessoas tem suscitado na União Europeia e no mundo, temos vindo assistir a um cada vez maior enfoque mediático e político sobre este assunto, achamos importante reconstruir a genealogia da noção de tráfico, evidenciando a sua inicial ligação com as campanhas abolicionistas da prostituição, a moralidade vitoriana, e o incremento da migração autónoma feminina dos finais do século XIX.


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