O graffiti é uma forma expressão visual, com as suas convenções, técnicas e materiais, vinculada a uma cultura com mais de três décadas de história. Das suas origens o graffiti que encontramos actualmente mantém uma série de princípios, regras e modelos de conduta, todavia, revela-se cada vez mais uma cultura em mutação, permeável aos circuitos globais e às inovações tecnológicas. As tecnologias de registo e tratamento de imagem, nomeadamente de natureza digital, foram apropriadas pelos protagonistas desta prática cultural que usam estes recursos de forma criativa, induzindo alterações importantes no modo como esta comunidade se estrutura e atribui sentido às suas produções culturais.
Esta é uma transformação com repercussões evidentes ao nível do estatuto da imagem, que se reproduz e multiplica, que se funde com novos suportes e conteúdos, migrando para outros media e territórios de comunicação. A desmaterialização da imagem comporta uma reformulação das práticas uma nova condição para imagem-graffiti. Argumento que o graffiti representa, deste modo, um bom exemplo da cultura visual contemporânea. Uma linguagem de natureza global, tecnologicamente mediada, suportando conteúdos híbridos e em constante mutação, na intersecção de diferentes territórios comunicacionais (Banda Desenhada, Desenhos Animados, Fotografia, Televisão e Cinema, Artes Plásticas, etc.).
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