A mobilidade internacional dos cientistas é um exemplo recorrentemente mobilizado quando se discute temas como a migração de quadros qualificados, a atracção das "cidades criativas", os desequilíbrios mundiais da globalização, a ascensão do cosmopolitismo. Mas mais além das questões clássicas das trajectórias (pontos de origem e de destino) e justificações (factores de push e pull) da mobilidade, é pertinente explorar as ligações que os cientistas que partem mantêm com o país e o sistema científico de onde procedem. São as redes que se tecem entre investigadores expatriados e colegas e instituições no sistema de origem que permitirão a transferência de conhecimento, a formação de parcerias e a mesmo a circulação de recursos humanos (envio de estudantes para o estrangeiro, retorno de investigadores experientes).
Assim, com base numa investigação em curso sobre os investigadores portugueses no estrangeiro, procurar-se-á explorar à natureza, frequência e finalidades dos contactos com o sistema científico português.
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