Esta comunicação pretende reflectir sobre o modo como a questão espacial tem sido abordada pelas ciências sociais, mais particularmente, pela sociologia. Tendo por base uma série de estudos empíricos e teóricos que temos vindo a desenvolver, tentaremos desmontar algumas das concepções que perspectivam a produção social do espaço a partir de sistemas analíticos demasiadamente abstractos e hierarquizados em segmentos escalares (por ex.: do local ao global).
Para tal, avançamos com uma proposta analítica que enquadra o espaço social não como um mera composição a diferentes escalas, mas como um campo de tensões no qual os vários segmentos que o constituem tanto se colidem, como se associam. Uma dessas tensões é precisamente a que resulta do confronto entre os diferentes tipos de mobilidade e a incessante construção de "novas" espacialidades.
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