A análise tem, como fio condutor, a tentativa de pensar a questão da emancipação em tempos contemporâneos, buscando consubstanciar um pensamento em processo, aberto e crítico. Delineia-se, como horizonte analítico, determinados pressupostos que se articulam na tessitura da cosmovisão orientadora das reflexões. Na construção do percurso argumentativo, o ponto de partida é uma contextualização do momento presente da civilização do capital, focalizando crise e transição, como chaves analíticas do desvendamento do capitalismo mundializado. No assumir do desafio de discutir a emancipação tem-se, como fontes inspiradoras, as formulações marxianas da "Teoria Crítica Radical" e as teses de Boaventura Sousa Santos, ao circunscrever dimensões fundantes de um pensamento póscolonial. Assim, empreende-se o esforço de partilhar a atualização e ampliação do debate, configurando elementos definidores do que vem sendo denominado de experiências emancipatórias, concebidas como encarnações da utopia democrática. Por último, a discussão incide em questões-chave, de caráter estratégico, emergente das resistências e lutas. Destaca-se a exigência de construção de um pensamento alternativo das alternativas, configurando, como uma das suas expressões, as teorizações da transição. Ao circunscrever uma agenda estratégica de transição, o foco recai na articulação política dos coletivos em diferentes escalas, através de alianças. A busca é delinear uma socioeconomia política de transição.
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