Esta investigação sobre a transição dos jovens a escola para o mundo do trabalho entende as experiências de transição como vivências subjectivadas e centra a análise na reconstrução da relação com o saber e na reconstrução identitária operada no período de transição através da frequência de um dispositivo de transição o sistema de aprendizagem. Na "remobilização" de jovens de meios populares para a formação enquanto sistema baseado na aprendizagem para o trabalho, não só esteve presente a capacidade de antecipação de projectos profissionais, como constituiu a condição para que os jovens pudessem também remobilizar-se para a escola, permitindo-lhes aceder a um certificado escolar mais elevado. O tempo de transição abre um espaço de possíveis, sendo a relação com o saber um processo e a construção identitária permanente. Duas grandes tendências foram identificadas nos percursos de transição dos jovens: "os herdeiros de uma forte relação com o aprender a fazer e de um forte valor do trabalho" a dominância da lógica de ofício na remobilização dos jovens para a aprendizagem; "os caminhos dos estudantes ou dos trabalhadores estudantes que voltaram à escola regular" uma lógica de ofício associada a uma lógica de nível ou uma lógica de nível na remobilização dos jovens para a aprendizagem.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados