A abordagem sociológica sobre o comportamento anti-social e, especificamente, sobre a criminalidade, tem tido dificuldades em sacudir a influência dos paradigmas criminológicos e em constituir uma maisvalia de conhecimento científico sobre este tipo de fenómenos sociais disruptivos. Os contributos clássicos foram fundamentais para revelar a relação entre o crime e a sociedade, demarcando-se de um positivismo que se escudava nas concepções individualistas. A própria contribuição dos chamados estudos da Escola de Chicago foi bastante relevante para a compreensão da criminalidade urbana e para o estabelecimento de uma relação "consagrada" entre as desvantagens sociais e a prática de crimes. Porém, há hoje sinais de que a sociologia precisa de afirmar a sua relevância no quadro das contribuições multidisciplinares existentes para a compreensão do comportamento anti-social contemporâneo. A comunicação propõe-se demonstrar essa necessidade, através da apresentação de uma resenha de eixos interpretativos da anti-socialidade, e defende o desenvolvimento de uma abordagem sócioecológica do comportamento anti-social em meio urbano, com a apresentação de dados empíricos que pretendem
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