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Resumen de Samurais na modernidade europeia: motivações e entendimentos dos karatecas portugueses

Alan Stoleroff, Vítor Rosa

  • Fora da sua instrumentalização militar-policial, o karaté moderno integra-se num processo civilizacional analisado pelo sociólogo alemão Norbert Elias (2006), em que a violência se transforma em convenções controladas. É veiculado por práticas convencionais, mas expresso através de discursos e símbolos adaptados do Japão para o "Ocidente". O karaté constitui, assim, uma linguagem própria e possui uma cultura identitária, partilhando sentimentos de pertença e possui significados estruturadores, concepções de vida e de normas de conduta. O karaté que se pratica e a maneira de o praticar (alta competição, forma lúdica desportiva ou budô) constitui, na esteira do pensamento de Pierre Bourdieu (2001: 9), um habitus, ou seja, o princípio gerador e unificador que retraduz as características intrínsecas e relacionais de uma posição num estilo de vida unitário.

    O objectivo da comunicação visa traçar um perfil sociológico dos praticantes de karaté em Portugal: das representações dos actores, dos significados da sua prática, da identidade social daí derivada, e, assim, das culturas das comunidades de praticantes. Procura-se desenvolver uma análise das motivações e entendimentos dos praticantes. Para além da observação-participante, a análise empírica baseia-se em resultados de um inquérito por questionário a praticantes avançados de karaté. Com a realização desta investigação sociológica, esperamos contribuir para perspectivar o significado e interesse desta modalidade, extremamente rica e variada em contos e narrativas, que a tradição budista e shintoísta não deixou de engrandecer com as suas histórias, lendas e mitos, desfazendo alguns preconceitos ou estereótipos que se estabelecem sobre si.


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