A paisagem encontra-se em transformação contínua podendo a sua dinâmica ser entendida como um processo de transformação decorrente das relações que se estabelecem entre a sociedade, as suas características sócio-demográficas, os seus valores e as suas actividades económicas, os contextos políticos e institucionais presentes, e o espaço onde se inscreve. Procura-se, assim, identificar para as paisagens rurais remotas quais os factores (drivers) que podem vir a determinar a sua transformação. Face à incerteza que estas enfrentam, sobretudo associada ao declínio da actividade agrícola, recorre-se a cenários exploratórios de paisagem no sentido de construir futuros plausíveis. Após a discussão com os agentes locais face às suas expectativas, os cenários exploratórios de paisagem podem servir de base à definição de "Objectivos de Qualidade de Paisagística", em consonância com a Convenção Europeia da Paisagem e, deste modo, constituir um ponto de partida para a mobilização dos agentes locais.
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