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Resumen de Para que servem os museus científicos?: funções e finalidades dos espaços de musealização da ciência

Ana Delicado

  • Com base numa investigação em curso sobre os museus científicos portugueses (dissertação de doutoramento), esta comunicação visa discutir quais as funções que estas instituições actualmente desempenham e que objectivos norteiam as suas actividades.

    Pretende-se analisar o espectro de finalidades que presidem à criação e que regem actualmente dois tipos de museus científicos: os museus de ciência e os museus de ciências naturais. Os primeiros dizem respeito a ciências como a astronomia, a física, a matemática ou as engenharias, e incluem instituições como os centros de ciência e os planetários; os segundos consagram-se a disciplinas como a biologia, a botânica, a zoologia ou a paleontologia e incluem instituições que apresentam seres vivos (jardins botânicos, aquários, jardins zoológicos). A exclusão dos museus científicos da área das ciências sociais deve-se aqui apenas a limitações do tempo e de âmbito da comunicação.

    Para além das funções comuns a qualquer tipo de museu (adquirir, conservar, pesquisar, comunicar e expor espécimes naturais ou artefactos), os museus científicos são chamados a desempenhar várias outras funções sociais. Da investigação à difusão da cultura científica, da preservação de um património à consciencialização para a preservação do ambiente, da germinação de vocações à formação de especialistas, muitas e variadas são as justificações para criar e manter um museu científico. Estas diferentes justificações, para além de associadas a diversos tipos de museu, serão também produto de determinados contextos históricos, de inserções institucionais específicas, de estratégias para angariar públicos e recursos, de tomadas de posição no campo científico e até das características pessoais e profissionais dos seus responsáveis.

    Serão ainda debatidas as funções que os museus científicos poderiam desempenhar e (praticamente) não o fazem: gerar o debate sobre questões controversas, facilitar a participação pública em matérias de decisão com um cariz técnico-científico, apresentar os desenvolvimentos e descobertas da ciência portuguesa, mostrar os impactos sociais da ciência, exibir a ciência "em acção" ou "tal qual se faz" actualmente.

    A análise centrar-se-á na situação presente dos museus científicos portugueses, ainda que sejam tomados como referência museus de outros países e que os dados constatados se possam aplicar a outros contextos nacionais. A sustentação empírica para esta comunicação provém do trabalho de campo já realizado para a dissertação de doutoramento: recenseamento das instituições museais, recolha e análise documental (publicações, legislação, relatórios, folhetos, artigos de imprensa, páginas de internet), análise de exposições e entrevistas aos responsáveis pelos museus.

    Este trabalho integrar-se-á não tanto no âmbito restrito da museologia ou dos estudos sobre museus mas sim no domínio da sociologia das ciências, procurando reflectir sobre os museus como espaços de ligação entre a ciência e a sociedade, sobre as políticas de promoção da cultura científica e sobre os laços existentes entre a produção da ciência e a divulgação da ciência.


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