De uma forma sucinta, este trabalho busca traçar um diagnóstico das mudanças na estrutura produtiva da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), principal centro econômico do Brasil, ao longo do período de 1990 a 2006, além de apresentar algumas tendências marcantes do mercado de trabalho e discutir os desequilíbrios causados pela implementação de políticas econômicas neoliberais.
Ao longo de pouco mais de 15 anos observa-se, do ponto de vista do trabalhador, dois momentos bastante distintos. O primeiro deles abarca praticamente toda a década de 90 e início dos anos 2000, caracterizado pela crescente taxa de desemprego, pelo retrocesso no poder aquisitivo e flexibilização das garantias trabalhistas; já o segundo, que perdura até os dias hoje, retrata uma melhora nos níveis de emprego, de renda e de consumo.
Essa abordagem se constrói no âmbito do Projeto Observatório das Metrópoles São Paulo, estudo que analisa a segregação sócio-espacial no interior da RMSP. A partir de dados censitários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi elaborada uma variável síntese capaz de espacializar a população ocupada da RMSP, porém sem focalizar diretamente a questão da estrutura produtiva e suas transformações frente à abertura econômica promovida desde meados dos anos 80, sendo esta a abordagem do presente texto.
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