Propomo-nos a perspectivar os centros históricos de Coimbra e do Porto a partir da dimensão sensível, das suas sonoridades, uma abordagem epistemológica, normalmente, descurada pelas Ciências Sociais, a partir das noções de ritmanálise, de Henri Lefebreve, e paisagem sonora, de Murray Schafer.
À medida que os centros históricos são alvo de políticas de regeneração, também as suas paisagens sonoras se transformam, conjugando sons tradicionais e sons modernos, sons em vias de desaparecimento e sons novos, e é a sua configuração no espaço e no tempo que lhes confere uma identidade própria.
O espaço físico e o tempo onde um som ocorre e onde é ouvido são parte integral do som e da experiência do espaço público urbano. Daí que o estímulo sensorial auditivo possa servir de ponto de partida para a identificação/diferenciação dos centros históricos e decifração dos comportamentos e dos ambientes sociais nos seus espaços públicos.
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