Dados quantitativos de duas pesquisas domiciliares de vitimização, uma na cidade do Rio de Janeiro, com 3435 pessoas, e outra de 2007, em favelas, com 660 pessoas, apontam para a Área composta pelos bairros pobres dos subúrbios cariocas, como sendo a mais marcada pela violência: as mais altas proporções de vizinhos, amigos e parentes assassinados, de barulho de tiros, da visão de troca de tiros entre pessoas, ou de policiais atirando sem provocação nelas. É ali que está o maior número de favelas da cidade. Para entender os efeitos da violência nesta área e os modos de lidar com o sofrimento resultante, estudamos projetos de prevenção à violência para atender a juventude pobre, tais como as Vilas Olímpicas Municipais e também ONGs, ali presentes. No trabalho de campo etnográfico, entrevistamos tanto mestres e monitores, quanto alunos e pais. Além de lançar luz sobre como o cotidiano da violência e da pobreza tem afetado suas vidas e projetos pessoais, esta pesquisa demonstrou a importância que os projetos sociais estão assumindo para os jovens e suas famílias enfrentarem os riscos, sofrimentos e a falta de alternativas para o jovem pobre.
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