Reflexão sobre o acto de recepção de obras cinematográficas no Festival Internacional de Cinema do Porto (Fantasporto), evento que subverte parcialmente a imposição de um modo legítimo de recepção cultural e de percepção estética. É discutida a vantagem da observação etnográfica das modalidades de recepção cinemática dos públicos em contexto de Festival, por se considerar que a mesma permite salientar as estratégias, singulares, de aproximação dos espectadores aos objectos artísticos ofertados.
Destaca-se não só o contexto propriamente físico do acto receptivo (o contexto espácio-temporal de interacção), mas ainda a articulação com a natureza da oferta, com as estratégias da estrutura organizativa do certame e com o grau de fidelidade ao Festival. Salienta-se o aspecto visível, corporizado, do fenómeno receptivo.
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