Família, Educação e Saúde

• Autores: María Engrácia Leandro
• Localización: Mundos sociais: saberes e prácticas, 2008, ISBN 978-972-95945-4-0, pág. 3
• Idioma: portugués
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• Resumen

  • Nada mais banal, hoje, do que afirmar que a família mudou, o que não é novo. Olhando para a realidade sociohistórica, temos de reconhecer que a família é uma realidade ancestral e universal que tem evidenciado uma enorme capacidade de resistência, adaptação e dinâmica, esta ora associada à dinâmica mais geral das sociedades e do mundo (G. Balandier, 1986 [1971]), ora advindo também a família um importante factor de dinâmica social.

    Basta pensar que é nela que se transmitem os primeiros rudimentos de educação, a mais fundamental para a orientar a vida dos indivíduos, ainda que completada por outras instâncias em diferentes idades da vida. De contrário, poderíamos perguntar-nos porque é que a reprodução social, sendo tão persistente, tem essencialmente por base a família, mesmo quando crianças e jovens frequentam as mesmas escola e aí por diante. Certo, há cada vez mais famílias de condição social modesta a adoptarem estratégias de mobilização educativa, visando que os filhos alcancem mais sucesso escolar e com ele a tão almejada mobilidade social. Todavia, também não é menos verdade que muitos destes alunos continuam a ficar pelo caminho ou a ter mais dificuldades do que os outros para acederem a uma profissão similar.