Resumen de Mundos comunicantes/mundos comunicados: sobre a prática da razão sociológica e a intervenção da câmara de filmar na pesquisa de terreno
Quando fui colocado perante o desafio de intervir neste Congresso no âmbito de uma Sessão Plenária sobre "mundos (sociais) comunicantes", reagi com prudência.
De facto, incidindo a temática proposta, segundo a minha interpretação, na intensificação das interconexões e porosidades que, na era da globalização (não vejo como fugir ao estereotipo), se terão vindo a estabelecer entre mercados, sistemas produtivos, quadros culturais, processos identitários, estilos de vida, até modelos políticos, parecia fora do meu alcance preparar uma intervenção de tipo panorâmico que uma sessão com esta exigiria.
A não ser que, pensei, tivesse eu a habilidade de aqui vir propor algumas reflexões de carácter geral directamente inspiradas na pesquisa de terreno em que me encontro envolvido nos últimos anos a saber, uma revisitação sociológica a uma colectividade local situada à entrada da primeira envolvente da Área Metropolitana do Porto, estudada pela primeira vez há três décadas na companhia de João Ferreira de Almeida, que a ela também voltou, com a sabedoria e a inteligência de sempre.
