Na sua ambição por observar, compreender e interpretar as realidades sociais, em si mesmas e nas suas mudanças, os sociólogos servem-se de utensílios conceptuais mais ou menos consagrados.
Um deles "como bem sabem" é o conceito de estrutura, entendida como travejamento que daria consistência à realidade social e que importaria descortinar para além das camadas visíveis. Basta recordar que para Jean Piaget na ideia de estrutura estão contidos três elementos, a saber, a totalidade, o dinamismo e a auto-regulação. Uma estrutura social é algo de que se pode falar no singular, como um todo, mas um todo sujeito a processos de transformação e dotado de dispositivos de compensação dos inevitáveis desequilíbrios.
Muito próximo é o conceito de sistema, tão usado nos diversos ramos científicos. Entre vários outros aprofundamentos deste conceito, podemos registar o de Georges Lerbet para quem o sistema acrescenta à estrutura a ideia de energia, mais concretamente a troca de energias entre a estrutura e a realidade envolvente, o entorno. Entre a totalidade dinâmica em causa e o que lhe é circundante dar-se-ia uma permuta regular de interacções, um vaivém de energias e, aí sim, encontraríamos a ideia de sistema, resultante deste novo composto de estrutura mais rede de interacções, agindo por
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