Resumen de Un propre de l´homme? L´ exception humaine
- English
This text asks about what is proper to the human being or its exception, taking as its starting point two antinomic positions that are present in today´s anti-humanist discourses. The first position refers to the ratio critique as most proper to man, because of its many abuses, as evidenced by the threat of ecological destruction or lack of respect to animal life present in the laboratories and also in raising animals for human consumption. The second position refers to the super-assertion of reason, especially in the field of life sciences, nanotechnology and its promise of an endless life, post-human and post- mortal. The author makes a brief presentation of these trends and also criticizes each of them. Against the detractors of reason and its deviations, the author recalls that man is the most deprived animal and in need of a reason to survive and provide the means to ensure a future. Against those who want to overcome and achieve human immortality, the author recalls that the finitude and death are constitutive of the human. He also recalls that it is by accepting limits that human being grows and builds itself. The temptation to reject what is proper to the human being is an illusion that ruins the quality and value of every human life.
- français
Le texte s´interroge sur le propre de l´homme ou son exception, en ayant comme point de départ deux positions antinomiques présentes dans certaines tendandes anti-humanistes actuelles: 1) celle de la critique à la raison comme le plus propre de l´homme, à cause de ses innombrables dérives, comme en témoignent la ménace de la destruction écologique ou le manque de respet de la vie animale, présent dans les laboratoires et dans l´élevage d´animaux; 2) celle de la suraffirmation de la raison, surtout dans le champ des sciences de la vie, des nanotecnologies et ses promesses d´une vie sans fin, post-humaine, post-mortelle. Après une brèvre présentation de chacune de ces tendances, le texte en propose la critique. Contre les detracteurs de la raison et ses dérives, il rappelle que l´homme est l´animal le plus démuni, ayant besoin de sa raison pour survivre et se donner les moyens pour assurer un avenir. Contre ceux qui veulent dépasser l´humain et atteindre l´immortalité, il rappelle que la finitude et la morte sont constitutives de l´homme. C´est en acceptant limite et mesure que l´homme se construit et grandit. La tentation de repousser ce qui lui est propre est une illusion qui ruine le prix, la valeur e la qualité de toute vie humaine.
- português
O texto se pergunta sobre o que é próprio do ser humano ou sua exceção, tendo como ponto de partida duas posições antinômicas, presentes em certos discursos anti-humanistas de hoje: 1) a crítica à razão como sendo o mais próprio do ser humano, por causa de suas inumeráveis derivas, como o testemunham a ameaça de destruição ecológica ou a falta de respeito à vida dos animais, presente nos laboratórios e na criação de animais para consumo humano; 2) a super-afirmação da razão, sobretudo no campo das ciências da vida, das nanotecnologias e suas promessas de uma vida sem fim, pós-humana, pós-mortal. Após uma breve apresentação de cada uma dessas tendências, o texto tece algumas críticas às mesmas. Contra os detratores da razão e de suas derivas, ele lembra que o ser humano é o animal mais desmunido, tendo necessidade de sua razão para sobreviver e se dar os meios para assegurar um futuro. Contra os que querem ultrapassar o humano e atingir a imortalidade, ele recorda que a finitude e a morte são constitutivas do humano. É aceitando limite e medida que o ser humano se constrói e cresce. A tentação de rejeitar o que lhe é próprio é uma ilusão que arruína o preço, o valor e a qualidade de toda vida humana.
