Este trabalho objetiva verificar em que grau a introdução dos juros remuneratórios sobre o capital próprio reduziram a vantagem fiscal do endividamento, seu impacto na teoria de Modigliani e Miller para determinação do valor da firma, e examinar se houve alteração na estrutura de capital das empresas que passaram a utilizar essa opção. Para tanto, a equação de determinação do valor da firma foi ajustada para receber a contribuição dos juros sobre o capital próprio. Buscando verificar se houve alterações na estrutura de capital, foi procedido o teste estatístico da diferença entre as médias. Os resultados mostram que o lançamento dos juros sobre o capital próprio agrega valor à firma, mas em magnitude insuficiente para eliminar o benefício fiscal gerado pelo uso da dívida. Os testes estatísticos demonstraram uma redução da carga fiscal para as empresas que adotaram o procedimento, porém não foram obtidas evidências de que essa vantagem fiscal estimule as empresas a financiar seu investimento com capital próprio em substituição ao capital de terceiros.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados