A presente exposição propõe dar a conhecer o património histórico de Portugal e o esforço do pequeno município de Barrancos, situado na raia portuguesa para reconstruir a torre Sudoeste do Castelo de Noudar, Monumento Nacional desde 1910.
Trata-se de uma apresentação que pretende mostrar uma história de luta contra a interioridade de um pequeno retalho do património histórico português, tantas vezes negligenciado e do empenho deste Município, sobranceiro à Estremadura e à Andaluzia, herdeiro do foral concedido por D. Diniz a Noudar e da outrora importante praça medieval. É um curioso olhar sobre a ironia da História de como a rivalidade ibérica deu lugar à tolerância e cooperação transfronteiriças, fomentada e apoiada pela integração no contexto europeu, no âmbito da eliminação das fronteiras e do estimulo dado pelo INTERREG III A. Um apontamento sobre as sinergias reunidas entre o poder local, o poder central e o poder e apoio europeu, na defesa do património.
Trata-se de uma intervenção de total reconstrução combinando técnicas de blocos de terra compactada (BTC), com construção de alvenarias de pedra de xisto ordinária, utilização de armaduras internas em fibra e aço e pré-fabricação de elementos, procurando a reinvenção contemporânea de uma estrutura militar.
Procura-se mostrar o antes e o depois da intervenção, os problemas técnicos em fase de projecto e em obra, explicando, como foi possível compatibilizar técnicas contemporâneas de construção com a tradição da arquitectura e engenharia militar da idade média, ainda perceptível neste monumento nacional, assim como quais são as expectativas de futuro.
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