Reabilitação energética de edificios residenciais com recurso a paredes de armazenamento térmico

• Autores: Daniel Aelenei, Tânia Santos
• Localización: Patorreb 2012: 4.º Congreso de patología y rehabilitación de edificios. 12-14 de abril de 2012, Santiago de Compostela, 2012, ISBN 978-84-96712-49-2, pág. 137
• Idioma: portugués
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• Resumen

  • Uma percentagem significativa dos edifícios de habitação existentes em Portugal não proporciona níveis adequados de eficiência energética e conforto higrotérmico, consequência da idade avançada e falta de intervenção. A ausência de isolamento térmico em conjunto com a falta de adopção de estratégias solares passivas constitui uma causa evidente desse comportamento.

    A reabilitação da envolvente de edifícios com recurso a integração de sistemas de fachada que permitam o aproveitamento da energia solar duma forma passiva, representa uma aposta frequente em países com climas de Inverno rigorosos. O sucesso desta estratégia no clima de Portugal, contudo, depende em grande medida da compatibilização do sistema com as necessidades específicas da estação de arrefecimento, devido ao potencial risco de sobreaquecimento.

    O objectivo da presente comunicação é apresentar os resultados obtidos na sequência dum estudo numérico realizado para análise das potencialidades dum sistema solar passivo integrado em fachadas opacas, cujos princípios são semelhantes aos da Parede de Trombe. Para avaliar o desempenho energético do sistema, foram realizadas simulações recorrendo a dois programas de simulação de comportamento térmico de edifícios, TRNSYS e EnergyPlus.

    A análise dos resultados obtidos na sequência das simulações executadas permite chegar à conclusão que a integração dum sistema solar passivo constituído por uma camada de vidro e uma caixa-de-ar não ventilada, apresenta um grande potencial de redução das necessidades energéticas de climatização. O estudo demonstra ainda que o conjunto de parâmetros do sistema (geometria, propriedades termofísicas e sombreamento) que leva a maior redução das necessidades de climatização varia consoante o clima específico do local de implantação.