Os revestimentos de edifícios antigos são testemunhos históricos, artísticos e científicos de cada época e local e têm por isso um valor cultural, além do seu valor técnico atual.
Constituem a pele dos edifícios, protegendo as alvenarias das acções externas e sofrendo o impacto de agressões diversas. Como tal estão muito expostos à degradação por envelhecimento natural ou por alteração das suas condições de equilíbrio.
As intervenções de reabilitação incluem geralmente a renovação das fachadas, frequentemente concretizada através da remoção dos revestimentos existentes e sua substituição por novos revestimentos, semelhantes aos antigos. Esta estratégia traduz -se na perda do valor cultural do revestimento, mesmo nos casos em que essa substituição tem em conta critérios de compatibilidade química, física e estética. Acresce que a compatibilidade total é difícil de obter.
A preservação dos revestimentos históricos deve, portanto, ser a primeira opção, o que implica um bom domínio das metodologias de reparação e conservação. As técnicas e materiais a usar dependem dos tipos de anomalias e das suas causas.
Quando as anomalias consistem em perda de coesão ou em destacamento entre camadas, a reparação implica o uso de técnicas de consolidação, com consolidantes aplicados através da superfície, ou com argamassas líquidas injetáveis nos vazios e interfaces. Trata-se de técnicas especializadas, que devem ser aplicadas por restauradores.
Os produtos a usar têm que ser seleccionados de modo a garantirem eficácia e durabilidade, mas também compatibilidade, reforçando o revestimento sem introduzir alterações significativas na estrutura porosa e nas características físicas e químicas.
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