Os centros urbanos antigos continuam a gerar tensões entre os vários atores do processo de reabilitação. Os preceitos da �sustentabilidade� e da salvaguarda cultural e patrimonial contribuem fortemente para estas tensões. Interessa, pois, analisá-los com algum detalhe, perceber que implicações têm e identificar que processos de rotura vêm introduzir.
Verifica-se que muitas das opções estratégias e técnicas mais corretas e assertivas concorrem de forma positiva para estes dois desígnios: a sustentabilidade e a salvaguarda património. Mas serão suficientes? Será que estes conceitos, agora reforçados em termos da consciência da sociedade civil, têm valor acrescentado em ações de reabilitação? Neste documento aborda-se, de forma sucinta, esta problemática, discutem-se técnicas e metodologias de intervenção, exemplificam-se as opções mais assertivas e também as que não o são.
Contribui-se para a clarificação � ou melhor apropriação consciente � do conceito de sustentabilidade e apresenta-se um modelo de avaliação correspondente.
A referência ao caso da cidade de Coimbra, cuja Universidade apresentou recentemente uma Candidatura a Património Mundial, englobando todo o núcleo mais antigo da cidade na sua zona de proteção, merece, aqui, uma breve abordagem mas exige e recomenda uma leitura atenta, não só das ferramentas criadas, nomeadamente o novo regulamento de gestão urbanística, como o conhecimento de uma estratégia de pedagogia pública que, em consórcio e acordo com os diversos agentes envolvidos, se pretende levar a cabo.
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