La recepción de la responsabilidad penal de la persona jurídica en Brasil, aunque tenga una fuerte oposición doctrinal, es una realidad y está fuertemente respaldada por la jurisprudencia. Tal como está, sin embargo, representa para la persona jurí- dica la responsabilidad penal objetiva, repelida por los sistemas legales occidentales durante siglos. Por lo tanto, se trata de abordar y de explorar otros modelos de la responsabilidad penal de las empresas, especialmente aquellos que buscan un concepto adecuado de la culpabilidad de una persona jurídica, con especial énfasis en modelos de cumplimiento.
El objetivo final es mostrar los caminos para que la responsabilidad penal de la persona jurídica no implique la pérdida del nullum crimen sine culpa.
Common Law countries are familiar to the notion of criminal liability of moral entities within Criminal Law.
However, this is not the Brazilian model, a Civil Law State.
Nevertheless, since 1998 it is possible for legal entities to commit crimes, and more specifically, crimes against the environment, and to be held responsible for them, alongside with the agent who did in fact commit the crime on the moral entity´s behalf. The Brazilian model is a strict liability one and to convict moral entities of crimes is a clear violation of the Constitution, which contains the culpability principle nullum crimen sine culpa. In this article, we present other models of culpability, with special emphasis on the compliance programs, so that the strict liability – unconstitutional for that matter – can be removed from the Brazilian Criminal Law.
A recepção da responsabilidade penal da pessoa jurídica no Brasil, embora tenha contado com forte oposição doutrinária, é uma realidade e encontra forte respaldo jurisprudencial. Tal como está, porém, representa, para a pessoa jurídica, responsabilidade penal objetiva, repelida pelos ordenamentos jurídicos penais ocidentais há muitos séculos. Cuida-se, assim, de explorar outros modelos de responsabilidade penal da pessoa jurídica, sobretudo daqueles que buscam um conceito próprio de culpabilidade de pessoa jurídica, com especial ênfase nos modelos de compliance. O objetivo final é apontar caminhos para que a responsabilidade penal da pessoa jurídica não implique o esvaziamento do nullum crimen sine culpa.
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