Resumen de Ocorrência de parasitos gastrintestinais em gatos domésticos (feliscatus domesticus) apreendidos pelo centro de controle de zoonoses (CCZ) da cidade de Lages, santa catarina, Brasil.
Rosiléia Marinho de Quadros, Natascha Trevisani, Anderson Barbosa de Moura, Célso Pilati, Carlos Roberto João da Silva Júnior
O estreito convívio dos animais de companhia (cães e gatos) com o homem torna-se fundamental o controle adequado das parasitoses, uma vez que a contaminação do meio ambiente pelas formas infectantes podem ocasionar infecções pelos organismos de caráter zoonótico. A prevalência dos parasitos varia de acordo com a região geográfica, estação do ano, acesso aos tratamentos antiparasitários e regime de vida dos animais (errantes ou domiciliados). Durante o período de abril a setembro de 2012 foram necropsiados 66 gatos (46 fêmeas e 20 machos) SRD (sem raças definida) recolhidos pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) que apresentaram morte natural. Os métodos utilizados para as análises do material fecal foram de sedimentação espontânea e de flutuação simples com solução saturada de cloreto de sódio a 1.182 de densidade (Willis Mollay). A visualização das estruturas parasitárias foi em microscopia óptica com objetivas de 10 e 40X. Os helmintos presentes no conteúdo intestinal foram retirados, fixados em álcool 70oGL, identificados e realizados a contagem para cada animal. Para a verificação do grau de patogenicidade da infecção parasitária, órgãos como fígado e intestino foram analisados através da histopatologia. Dos 66 animais, 67,39% (31/46) das fêmeas estavam parasitadas sendo detectada a infecção por uma das técnicas empregadas e 65% (13/20) dos machos. Todos os animais em diferentes faixas etárias apresentaram algum tipo de parasito. Ovos de Toxocara spp. foram detectados em 24,24%; Ancylostoma spp. (12,12%) e oocistos de Cystoisospora spp. (13,64%) através do método de flutuação, já para o método de sedimentação foram observados ovos de Toxocara spp. (31,82%); Ancylostoma spp. (6,1%); ovos da família Taeniidae (3%); Dipylidium caninum (1,51%); Spirometra spp. (1,51%), larva de Aerulostrongylus spp. (1,51%), bem como presença de protozoários como cistos de Cystoisospora spp. (13,63%); cistos de Giardia spp. (3%) e cisto de Entamoeba spp. (1,51%). As análises do conteúdo intestinal revelou a presença de 656 espécimes de Dipylidium caninum; Toxocara cati fêmea (89); T.cati macho (45); Taenia taeniformis (41); Ancylostoma tubaeforme macho (2); Toxascaris leonina fêmea (1) e Spirometra spp. (1). Embora tenha sido detectada elevada infecção parasitária nos felinos, nenhuma lesão foi diagnosticada nos órgãos analisados pela histopatologia.
